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Religião e Polêmicas

Entrevista

• Religião Evangélica

Pastor Antônio Sérgio de Araújo Costa, Th.D – Acadêmico de Direito e Filosofia. Pastor Presidente da Igreja Batista Bethléem.



1- Muitas religiões são contrárias ao uso de técnicas científicas que poderiam salvar vidas, como o uso de células tronco. Como o senhor se posiciona nessa polêmica?

Sou a favor ao uso de técnicas, desde que as mesmas não agridam a vida e seu sentido mais pleno, ou seja, que não afronte princípios e valores éticos, morais e espirituais. Sou favorável, sobretudo ao uso dessas técnicas por entender que as mesmas, quando utilizadas corretamente, se mostram decisivas para a construção de uma qualidade de vida muito melhor, e, portanto, para um mundo melhor.


2- Como vê a mistura entre a religião e ciência em relação ao tema? É justo privar o ser humano de cura por causa de dogmas?

Em primeiro lugar, ciência e religião são campos distintos da experiência humana, e, portanto, vitais para o ser humano, apesar de distintas e antagônicas em diversos postulados. Uma não anula a outra. Desse modo, religião e ciência são complementares para a formação do homem integral. Em segundo lugar, de modo algum é justo privar o ser humano dos benefícios da ciência moderna que pode ou não curar em razão dos dogmas. Isto porque sendo religião decisiva para a cura da alma bem como do físico, deve aliar-se a ciência nesta tarefa suprema de propiciar ao homem até onde possível, a cura. Logo, é inadmissível colocar o dogma a cima da vida humana.


3- Como o senhor vê o conflito entre ciência e religião, no qual a Igreja Católica se opõe a manipulação de células tronco embrionária.

A pesquisa com células embrionárias deve ser conduzida com extrema responsabilidade, sobretudo porque trata-se de um campo de pesquisa científica novo e com implicações profundas para vida humana. Nesse sentindo, a Igreja Católica esta correta quando se opõe a manipulação irresponsável, destituída de valores éticos e morais. Assim, a condução dessas pesquisas deve estar submetidas a rigorosos métodos de controle sob pena de incorremos na destruição da própria vida. Em síntese não se trata propriamente de um conflito entre ciência e religião, mas um conflito de pressupostos de princípios e valores. De um lado a Igreja exigindo controle rigoroso e posicionando-se contrariamente a pesquisa com embriões, pois vê nestes a existência da própria vida; e por outro os grandes laboratórios e centros de pesquisas cientificas lideradas por cientistas de renome internacional, querendo levar a diante tais pesquisas sem os controles rigorosos do governo, além de não considerarem devidamente os valores éticos e morais que o caso requer, pois quando se lida com a vida todo cuidado é pouco.

Religião Espírita

Brás Alves de Souza - Centro Espírita Humberto de Campos há 12 anos.


1- Qual sua visão sobre as células troncos embrionária?

Sou a favor das células troncos, porque a doação de órgão para transplante, não afetara o espírito do doador, o transplante de órgão uma descoberta da ciência humana é valiosa oportunidade dentre tantas outras colocadas a nossa disposição a pratica do amor e a caridade.


2- E na visão espírita?

 No caso das células troncos na visão espírita é totalmente favorável toda e qualquer pesquisa que objetive de um progresso, que seja para diminuir as dores e o sofrimento humano, mas para isso é necessário respeitar a vida que esta em processo de desenvolvimento.



• Religião Católica

Padre Alessandro Alves Cardoso- Paróquia: São Miguel há três anos
Rua Nestor Fonseca N° 35- Alto Maron


1- Qual a posição da Igreja Católica sobre células troncas embrionária?


As células troncas são uma nova descoberta cientifica com a finalidade terapêutica e conseqüentemente a cura de algumas doenças. A igreja não se opõe a ciência, na verdade a sua oposição, é contra alguns métodos usados pela ciência, pois o principio que rege tanto a visão, como a ação da Igreja é o da defesa da vida. Assim sendo a Igreja não se opõe ao uso de células tronco ou estaminais, adulto desde não cause prejuízo a dignidade da pessoa, a questão aparece quanto ao isso de células embrionárias, pois ai se trata de uma vida humana, Como destruiu uma vida para salvar outra?



2- Como se vê a mistura das religiões, sobre este assunto?


O pensamento do Padre é o mesmo da Igreja, sem questionar nenhuma religião.

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Células-Tronco e a Religião

O uso de embriões para pesquisas é um dos temas mais complicados da Bioética, pois envolve o estágio inicial da vida, daí a posição de quase todas as crenças religiosas no sentido de condenar essa nova abordagem. Os cientistas, contudo, apostam nas possibilidades advindas da investigação sobre as células embrionárias, vislumbrando grandes avanços no tratamento e na cura de doenças como Mal de Parkinson e Alzheimer, diabetes, doenças degenerativas e cardíacas, medula seccionada, entre outras.
As pesquisas com células-tronco, envolvendo embriões, estão causando muita ansiedade nos meios religiosos, pois há necessidade de sacrificar os embriões, mesmo em fase inicial, sendo constituídos de apenas 100 células.
Religiosos de Entidades Católicas lamentam que no Brasil tenha chegado o momento em que, até no plano legislativo, a vida humana é reduzida a “objeto ou mercadoria". Julgam que os embriões humanos não são apenas material biológico, como alguns pretendem, um grumo de células, um objeto que, devidamente aproveitado, passa a ter utilidade social e valor comercial. Consideram inadmissível eliminar um ser humano para aproveitar-se de seu corpo ou parte dele, o que ocorre com a utilização das células-tronco embrionárias humanas, mesmo que a finalidade seja procurar cura para algumas doenças.
Do ponto de vista do espiritismo, a utilização de embriões em pesquisas também é rejeitada. Segundo a filosofia kardecista, basta o magnetismo dos pais e o desejo do espírito para que se dê a reencarnação. As revelações espirituais dizem que o espírito reencarnante se une ao corpo no momento da concepção, isto é, no instante da formação do zigoto ou célula-ovo, e só o espírito tem o poder de agregar matéria. Portanto, para os espiritualistas, esse processo pode ocorrer mesmo no laboratório. Em princípio, consideram que descartar um embrião fertilizado fora do útero da mãe é o mesmo que promover um aborto.
O princípio de que a vida começa no primeiro instante da fecundação permeia os fundamentos de muitas religiões, mas é possível encontrar posições mais flexíveis. É o caso do judaísmo, que aplica status diferente ao embrião, ao feto e ao recém-nascido. À medida que a gravidez evolui, o organismo adquire um status superior.
No começo, até 40 dias depois da fecundação, é como se o embrião fosse apenas água e não vida. Tanto que a pesquisa com embriões, inclusive com uso de células-tronco, bem como procedimentos de clonagem terapêutica, são permitidos em Israel.Há posições contrárias de judeus ortodoxos que acreditam que a vida começa mesmo no momento da fecundação.
Alguns métodos de coleta de células-tronco não geram polêmicas ético-religiosas, como a coleta pelo cordão umbilical, que permanece na placenta após o nascimento do bebê, ou da medula óssea do próprio paciente. A polêmica surge quando se trata da retirada de células-tronco dos embriões, porque isso implica na destruição deles.